
A vacinação contra o HPV, infecção sexualmente transmissível que pode causar câncer, está abaixo da meta que foi estabelecida pelo Ministério da Saúde, que é de 95%. Com a redução da pandemia, a Secretaria de Estado da Saúde pretende reverter essa situação e já se prepara junto com os municípios para fazer a retomada das vacinas de rotina.
Segundo a Gerente do Programa Estadual de Imunização, Sândala Teles, o Estado vai orientar os municípios a atuarem com o Programa Saúde na Escola, uma estratégia executada a partir da parceria entre as Secretarias de Saúde e de Educação para levar as escolas ações de promoção de saúde, como a imunização contra doenças imunopreviníveis. “A vacina contra o HPV está na rotina do serviço, o que quer dizer que está em todas as nossas unidades de saúde, da capital e do interior, para meninas de 09 a 14 anos de idade, e meninos de 11 a 14 anos”, informou.
Sândala ainda destacou que a vacina tem uma boa eficácia contra o câncer. Ela chama a atenção dos pais e responsáveis para fazer essa atualização em adolescentes que estão na faixa etária recomendada. “A imunização é difícil de ser aplicada porque o adolescente é um público sadio, que não procura a unidade de saúde. Isso pode explicar a baixa cobertura vacinal”, lembrou Sândala.
De acordo com a série histórica do Programa Estadual de Imunização, que alcança o período de 2015 a 2020, tomaram a primeira dose da vacina 110.394 garotas, de um público estimado em 145.193 meninas, o que dá uma cobertura de 76,03%. Na segunda dose, apenas 68.639 foram imunizadas contra o vírus, somando uma cobertura de 47,52%.
Já com o público masculino, a situação também é ruim. Dos 107.639 garotos aptos a tomarem a primeira dose, apenas 43.843 a receberam, resultando em uma cobertura vacinal de 40,73% e destes, só retornaram para a segunda dose 26.781, totalizando 21,07% de cobertura. “No caso do HPV, a criança ou adolescente só alcança a imunização completa ao tomar as duas doses da vacina”, pontuou Sândala Teles.
Portal C8 Notícias
Foto: Agência Brasil