
O novo Superintendente da Secretaria de Estado da Saúde, Walter Pinheiro, foi o entrevistado desta quarta-feira, dia 13, no Programa “Linha Direta”. Ele falou dos desafios do novo cargo e recordou as atividades no Hospital de Urgência de Sergipe, local onde ele estava administrando até o fim de março.
O gestor da Saúde no estado destacou que o desafio veio como uma grande oportunidade de aprendizado. “Saio de um mundo que é o Hospital de Urgência João Alves Filho para um trabalho maior. Estou pronto para o novo desafio, pois no Huse aprendi demais. Em um ano e meio e com a pandemia, saído cargo bem fortalecido e determinado para novas responsabilidades”, pontuou.
Com a nova atividade, Dr. Walter Pinheiro disse que está já em campo para analisar toda a rede hospitalar do estado. “Esta minha atuação anterior mostrou as dificuldades e soluções para o enfrentamento. Agora nessa nova missão termos a oportunidade de compreender melhor. Acredito ser uma chance de dialogar com todos os profissionais e compreender a coordenação do fluxo de atendimento com melhor celeridade”, detalhou.
Um ponto comentando na entrevista diz respeito à superlotação de hospitais. Para o Superintendente de Saúde, é preciso sempre e cada dia mais reverter o quadro. “É possível atuar com ações e planos traçados. No Huse foram mais de 60 planos e conseguimos reduzir em 90% a superlotação. Antes diziam que não iriamos conseguir e ai está o bom resultado. Procuramos exercer a disciplina com as ações. Isso gera mais expectativa das novas ações”, afirmou o médico.

Sobre a questão dos hospitais regionais, o Diretor de Saúde disse que pretende visitar todos os locais e também verificar o atendimento das UPA’s. “Esse é um processo gradativo. Foram as duas primeiras semanas dedicadas à transição do Huse para a Diretoria de Saúde. Tudo isso para que o trabalho tenha continuidade. Da semana que vem em diante ai teremos fôlego para detalhar as ações, sempre em conjunto com a Secretária Mércia Feitosa”, comentou.
Dr. Walter Pinheiro também lembrou que essa formação para uma saúde de qualidade não depende apenas do poder público, mas da participação de todas as pessoas. “A área tem uma grande cobrança da sociedade civil. Isso é importante para termos um sistema de saúde de qualidade e em evolução. Esse processo não é tão simples como virar uma chave. Não existe bala de prata, mas para a máquina funcionar é preciso planejamento continuo”, alegou.
Para ter uma gestão de saúde integrada, é preciso estar atendo também aos trabalhos da saúde dos municípios. Para o Superintendente, é fundamental colocar em pratica sempre a gestão localizada. “É salutar a busca de novos modelos. Se conseguirmos um diálogo entre municípios com o Estado, é possível ter bom serviço. Existem os interesses, mas o foco é o cidadão. Tudo isso para não ter a velha cultura de apagar incêndios com ações que não tiveram o devido estudo”, destacou o profissional.
Portal C8 Notícias
Fotos: Rozendo Aragão