
Uma operação descobriu uma pedreira em Canindé do São Francisco, no alto sertão do estado, que mantinha 2 trabalhadores em sistema semelhante à de escravidão. Além disto, outras pessoas também atuavam no local, incluindo 3 menores de idade.
O trabalho começou em 25 de maio e segue até esta quarta-feira, dia 2. A fiscalização ocorreu com o Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), coordenado pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério da Economia. Participaram também o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Defensoria Pública da União (DPU) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Segundo informações da assessoria de comunicação do Ministério Público do Trabalho, os dois homens foram encontrados em barracos de lona sem nenhuma condição de higiene. Os demais estavam atuando no serviço de quebrar pedras para fabricação de paralelepípedo com materiais rudimentares. Além disto, a maioria não estava sendo contemplada com os benefícios (carteira assinada, 13°, férias) e também não tinham proteção individual.

Os responsáveis da pedreira terão que quitar todos os débitos, em especial, dos homens que estavam em condição mais degradante de trabalho. “Os donos terão que quitar as verbas rescisórias dos empregados resgatados; a quitar verbas rescisórias dos menores afastados; e a recolher o FGTS e as contribuições sociais previstas de todos os trabalhadores”, explicou a auditora-fiscal do Trabalho Gislene Stacholski, coordenadora da equipe do Grupo Especial de Fiscalização Móvel que atuou em Sergipe.
Portal C8 Notícias
Fotos: Ascom MPT