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“O vírus da covid-19 ainda circula no estado, mesmo de forma branda”, diz infectologista.


Em entrevista no programa Cultura Notícias desta quinta-feira, dia 11, o Diretor em Vigilância em Saúde da Secretária de Estado da Saúde, Infectologista Dr. Marco Aurélio Góes, falou sobre a questão da pandemia de covid-19 na atualidade. Ele também comentou sobre importância das vacinas e os cuidados que a população deve tomar no dia a dia.


O primeiro ponto da entrevista diz respeito a Organização Mundial de Saúde ter decretado, na semana passada, o fim da emergência sobre a pandemia covid-19. Para o especialista, a população não pode esquecer que a covid-19 existe e está circulando. “Por conta disto, todos os cuidados precisam ser mantidos no nosso dia a dia. Se a pessoa está resfriada, por exemplo, devem sempre se ater a higiene das mãos, se preservar mais em casa, entre outros cuidados”, afirmou.


Para o infectologista, é importante a diferenciação sobre o que é o fim da emergência em saúde pública e a pandemia propriamente dita. “Esse assunto está completo de interesse internacional, pois mexe com estruturas entre os países que pertencem a OMS. Então mexe com o comércio, com regras para a turismo, é uma preocupação mais global. No entanto, é preciso deixar claro que o vírus existe e aqui em nosso estado e a gente tem, de fato, nesses últimos meses a circulação dele, mais de forma branda. Outros vírus respiratórios tem superado os números de casos em relação ao da covid-19”,alertou Dr.Marco Aurélio.


O médico também chamou a atenção da ômicrom que ainda está circulando, juntamente com uma subvariante dele, a “arcturos”. “Esta já está circulando no Brasil, mas de uma forma que ainda não representou grande número de casos. Tudo isso acontece graças a vacinação em massa que ainda nós temos em voga no país”, detalhou.


Ele também lembrou que as mortes porcovid-19 ainda continuam no Brasil, mas de forma bem menor. “Infelizmente ainda causa 50 mortes por dia no país. Ainda é grave, mais sabemos que com o reforço vacinal esse cenário de instabilidade da doença. A gente precisa entender essa boa notícia da OMS mais com moderação e seguir as orientações locais como o caso das coberturas vacinais que todo país tem seu programa específico”, observou.


Ele também chamou a atenção dos idosos e demais grupos de risco sobre a vacinação e a prevenção. “No momento sabemos que principalmente os grupos vulneráveis devem estar com seu calendário vacinal atualizado utilizando da bivalente para se proteger das formas graves”, detalhou Marco Aurélio.


O Especialista também respondeu a pergunta sobre a desinformação via redes sociais durante a pandemia “Apesar de termos campanhas contra as vacinas ao longo desses últimos 2 anos, tivemos uma boa adesão da população , mais a sensação que a pandemia acabou ou que o problema já não é tão grave, leva a população a uma acomodação, temos que lutar contra isso. Apesar de tantos anos de vacinação, levando em conta a segurança das vacinas Infelizmente ainda surgem as falsas notícias de complicações. Isso tem atrapalhado bastante o programa de imunização e não só para Covid. Estamos aí naquele período de extrema sazonalidade dos vírus respiratórios, estamos com a campanha de combate a influenza, que é uma vacina que temos há mais de 20 anos e não temos alcançado a cobertura. Estamos na metade da campanha e não alcançamos a metade do público alvo”, lamentou.


Ao final Marco Aurélio Góes disse que a ciência deve definir se tomaremos a vacina todo ano ou não. “Isso vai depender muito de como o vírus se comporta. Essa situação já foi feita em todas as vacinas e coma da covid-19 não será diferente”, apontou.




Por Ceiça Dias

Redação C8

Foto: SES

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