
Prezados ouvintes,
Com os recentes ataques a escolas e creches, que vitimaram inocentes, pondo fim a sonhos e a ideais de muitas famílias, de verem seus filhos e filhas crescerem de forma saudável, o país precisa tomar urgentes medidas, não apenas para coibir novas tentativas de assaltos às escolas, mas sobretudo a livre circulação de verdadeiras idolatrias aos invasores ou idealizadores de ataques às escolas.
A onda de barbárie que se fez presente na consciência das pessoas, desde o NAZISMO, o STALINISMO e outras formas totalitárias de governo, reacendeu-se, nos últimos tempos, sobretudo no Brasil, com o advento de apologias ao crime, ao preconceito, ao racismo e à violência contra a mulher e valorização do totalitarismo político.
Agora, o ideal de atacar as escolas, cópia atabalhoada de devaneios ocorridos nos Estados Unidos, chegou ao Brasil, fazendo vítimas e tirando o sossego de quase todas as famílias, pois dificilmente uma família não tenha um ou dois integrantes em idade estudantil. Com a disseminação de notícias falsas, própria de uma modalidade recente de se fazer política, o problema ganhou proporções gigantescas.
Essa brutalidade, que beira a estupidez de tudo o que de mais rude que o ser humano pode protagonizar, ganhou força e rapidez com o uso irrestrito das mídias sociais. As grandes empresas dessas modalidades de comunicação devem ter parâmetros para identificar o que deve e o que não deve ser veiculado. Não se está aqui a pedir a volta da censura, mas a regulamentação – com as devidas reprimendas – à veiculação de falsas notícias, de incentivo ou apologia ao crime, ou a atos que atentem à democracia, como os do famoso 08 de janeiro.
As mídias sociais – que são um bem imenso à interação social – quando mal usadas, podem se tornar instrumentos de articulação de muitos crimes, conforme já noticiados: exploração sexual; abuso de menores, tráfico de influência, compra de votos, articulação conta a democracia, incentivo à brutalidade e ao uso da força, a disseminação do ódio, da intolerância, do desrespeito ao diferente. Tudo isso é veiculado pelas mídias sociais, como meio mais oportuno de fazer circularem as ideias para o crescimento do mal.
Que ameaça pode causar uma escola à sociedade? Lá, a única arma a ser usada é a arte de raciocinar, de debater ideias, de formar pessoas para o bom convívio social. A quem interessa a destruição da escola? Quem está por trás desses ataques e quem os patrocina? A quem interessa a morte de crianças, numa verdadeira chacina?
Mais do que por uma guarnição de policiais na porta das escolas, é preciso investigar a fundo esses crimes, para apanhar os seus mentores, patrocinadores e autores. É preciso que o estado se mostre forte frente aos bandidos que desejam destruir a ordem democrática. A brutalidade se espalha, desde os meios políticos – basta assistir aos debates nos parlamentos – ao trânsito, aos estádios de futebol, no dia a dia da vida e, agora, entra nas escolas, arrasando os sonhos, desconstruindo oportunidades, desfazendo vidas e famílias.
Sem educação de qualidade, nunca haverá cidadania. Sem cidadania, caminha-se para a barbárie. É hora de agir, no sentido de responsabilizar quem está articulando. E um bom começo seria pelas divulgações em redes sociais.
A escola não pode se curvar à ação perversa de bandidos. Ela pede socorro às autoridades que, têm o ingente dever discutir e planejar estratégias que assegurem o direito das crianças à instrução e ao aprendizado. O futuro depende de uma escola de qualidade.
Essa é a nossa opinião
(Veiculado no Programa “Cultura Noticias” do dia 14 de abril de 2023)
Foto: Agência Brasil