
O Programa “Linha Direta” desta quinta-feira, dia 27, entrevistou o Senador do Partido dos Trabalhadores de Sergipe, Rogério Carvalho. O parlamentar falou sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito da pandemia, a qual faz parte. Também ele fez críticas à atuação de Bolsonaro, destacou a chance de Lula se lançara Presidência e também afirmou que se sente preparado para disputar o cargo de Governador no ano que vem.
O primeiro assunto abordado foi a CPI da covid-19. Rogério Carvalho destacou que a comissão está fazendo o Governo Federal se mobilizar. “Infelizmente Bolsonaro debocha do trabalho parlamentar, no entanto, esses dias, percebemos que o Ministério da Saúde está mais empenhado em alguns pontos. Isso mostra que estamos trabalhando arduamente para que a verdade prevaleça”, destacou.
No entendimento do Senador, que também é médico, Jair Bolsonaro é o principal motivo da alta taxa de contagio e morte de brasileiros. Rogério destacou que o presidente expõe às pessoas ao vírus e que muitos, principalmente os apoiadores, acabaram vindo a falecer por conta do testemunho contrário dele. “A ação Bolsonaro ao aglomerar gente por onde passa é a principal causa de morte da pandemia. Ele não respeita a vida das pessoas. Já temos mais de 450 mil vitimas no Brasil e quase 5 mil em Sergipe. Se não fosse a insistência dos especialistas em saúde, teríamos agora mais de um milhão e meio de mortes. Onde ele teve maior votação são os locais com maior número de mortos”, desabafou o senador.
Perguntado se Bolsonaro poderia sofrer um impeachment, o parlamentar destacou que isso só dependeria da cobrança do povo na rua. “Sabemos que o Presidente tem forte apoio na Câmara e alguns nomes do Senado. Se a população se mobilizar e sair às ruas como foi na época de Fernando Collor, ele pode sofrer o processo. Mas na situação atual da pandemia é mais difícil”, pontuou Rogério.
O nome do petista está sendo bem comentado para a disputa ao Palácio Augusto Franco em 2022. Questionado sobre a possibilidade de se lançar, Rogério Carvalho lembrou que o cenário ainda está indefinido, mas que seria uma grande honra assumir o cargo de Governo do estado onde nasceu. “Me sinto maduro para a disputa. Estou à disposição do embate. Sei que a missão do futuro Governador pós pandemia não será fácil, mas, a depender do dialogo com o grupo, podemos sim enfrentar o desafio”, comentou.
Com relação a provável racha entre algumas siglas do bloco, formado por PSD, PDT e alas do PT, o Senador disse que acha isso difícil e que, num momento oportuno, poderá dialogar para que o entendimento seja feito. Sobre Edvaldo Nogueira ao Governo e Eliane Aquino à Câmara dos Deputados, Rogério disse que são dois grandes nomes e que não se opõe a eles. “Retirei minha candidatura em 2016 e apoiei Edvaldo. Apesar dele não me apoiar concretamente ao Senado, não tenho ressentimentos e isso são águas passadas. Já Eliane eu tenho uma boa relação e, se for candidata, terá meu apoio. No entanto, é preciso dialogo entre todos os membros do agrupamento”, declarou.
Ao final o Senador foi perguntado sobre o nome de Lula para Presidência. Ele disse que já conversou com ele e que aprova a iniciativa de se lançar na disputa e de dialogar com vários nomes. “Essa semana Lula teve um encontro com Fernando Henrique Cardoso. Apesar de estarem em lados opostos, mas classifico a reunião fundamental para a democracia. Só assim para acabar com esse desmantelo que o Brasil está atualmente”, concluiu Rogério Carvalho.
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Foto: Jefferson Rudy / Agência Senado