
Na manhã desta segunda-feira, dia 30, o Programa “Linha Direta” entrevistou o Diretor da Central de Abastecimento de Aracaju (Ceasa), Wilson Nunes. Ele falou sobre a notícia da possibilidade do empreendimento voltar a ser administrado pelo Governo do Estado, o que vem preocupando os comerciantes.
O gestor lembrou que há quase 30 anos a administração foi passada para a associação. “Esta noticia causou preocupação entre comerciantes. Na proposta, ou deve ocorrer uma licitação ou uma passagem do prédio para a Prefeitura. A associação é bem consciente. O Ministério Público encontro irregularidades antes de 1993. Mas o que nos deixa a perguntar é porque isso estava parado esse tempo todo”, destacou.
Wilson disse que já está com a assessoria jurídica. “Eles deverão analisar a proposta em 3 meses. Queremos entender o motivo de uma família administrar um tempo enorme e sem problemas e, quando vem a nossa gestão, acontece isso”, questionou.
Perguntado quando isso pode ocorrer, o Diretor disse que não tem nenhuma noção de quando será colocado em pratica. “Soubemos disso um dia antes do encontro entre Emdagro e Cohidro. Temos 700 comerciantes que vivem diretamente da central de abastecimento. Mais de 160 pessoas que vivem apenas de carrego de feira. Oferecemos para toda comunidade do Getúlio Vargas diversos serviços. Não temos visão de lucro. Tudo que sobra vai para investimento do Ceasa em si”, lembrou.
Wilson Nunes, que também é comerciante, comentou que a atitude poderá causar diversos problemas aos comerciantes que estão há anos no local. “Temos uma gestão exemplar. Prefeitos de outras cidades do Brasil vêm aqui ver qual o diferencial. Essa noticia deixa muita preocupação e isso pode causar um problema social grande. Queremos dialogar antes”, destacou o gestor.
A audiência deverá ocorrer até novembro, mas antes a Associação quer uma conversa como Governador Belivaldo Chagas e Ministério Público. “Todo investimento foi feito apenas por nós da associação. De 1993 até agora, o Ceasa é gerido pelo próprio associado. Por isso queremos uma audiência com o Govenador, a fim de tirar estas dúvidas. Também queremos dialogar com o Ministério Público, pois temos total transparência. A grande maioria dos comerciantes do Ceasa é formada de pequenos agricultores e por isso é preciso cautela”, pontuou.
Portal C8 Notícias
Foto: Rozendo Aragão