
O ex-governador de São Paulo, João Dória, anunciou no fim da manhã desta segunda-feira, dia 23, a desistência da pré-candidatura à Presidência da República. A resistência ao seu nome dentro do PSDB e de partidos da chamada “terceira via” teria levado ele a retirar seu nome da disputa futura ao Planalto.
O anuncio aconteceu antes da reunião entre os tucanos que definiria o rumo do partido para a disputa nacional em outubro. Em seu pronunciamento, Dória afirmou que deixa a corrida de forma tranquila. "Hoje, neste 23 de maio, serenamente, entendo que não sou a escolha da cúpula do PSDB. Aceito esta realidade de cabeça erguida", destacou.
O anúncio foi acompanhado pelo Presidente Nacional do partido, Bruno Araújo. Ele afirmou que defenderia uma candidatura única. "Nós temos um entendimento de diálogo com o Cidadania e com o MDB e nós vamos dar um passo à frente agora. A construção agora não é só definir o nome, e o nome de Simone é um nome posto nessa construção, mas agora precisamos construir um projeto de compromisso de programa com o Brasil", declarou.
A pré-candidata do MDB, Senadora Simone Tebet, disse que espera que o ex-governador a ajude para o programa de governo dela. "Doria nunca foi adversário. Sempre foi aliado. Sua contribuição com a luta pela vacina jamais será esquecida. Vamos conversar e receber suas sugestões para nosso programa de governo", afirmou a parlamentar em nota.
João Dória foi eleito para Governador de São Paulo em 2018. A principio, foi aliado de primeira linha de Jair Bolsonaro. Meses depois ambos se transformaram em inimigos políticos. Durante a pandemia, se empenhou para descoberta da Coronavac, a primeira vacina a ser usada no país para combater a covid-19. Em novembro de 2021, João Dória foi escolhido pelo PSDB nas prévias para ser o pré-candidato, derrotando Artur Virgílio e Eduardo Leite. Em abril deixa cargo. Chegou a judicializar a disputa única do partido junto ao presidente do PSDB.
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Foto: Suamy Beydoun/Agif/Estadão Conteúdo