
O Ministério Público do Trabalho em Sergipe realizou uma operação na cidade de Neópolis, na região do Baixo São Francisco. A intenção foi descobrir um local onde pessoas trabalhavam em regime de escravidão. A ação ocorreu dentro da 6ª etapa da Fiscalização Preventiva Integrada em Sergipe.
A Equipe Agrotóxico flagrou um trabalhador em condição análoga à escravidão. Além disto, 13 trabalhadores e 1 adolescente de 15 anos foram localizados em situação degradante, sem as mínimas condições de higiene. O flagrante ocorreu na terça-feira, dia 02, na Fazenda Coco Verde. Os trabalhadores atuavam no cultivo de coco e aplicação de veneno agrícola.

Um dos pontos que chamou a atenção foi o alojamento do trabalhador resgatado. O local não tinha energia, cama, água potável, ventilação adequada e nem utensílios domésticos. A comida era feita em um fogareiro improvisado e tijolos foram utilizados para substituir travesseiros. A Equipe da FPI também flagrou trabalhadores aplicando de veneno agrícola sem adoção das medidas de segurança.
Foi emitida uma ação civil pública para responsabilizar os empregadores que submeteram trabalhadores a condição análoga à escravidão e trabalho degradante. Além de pedir que a empresa cumpra a legislação trabalhista, a ACP pediu a condenação da empresa no valor de R$ 1 milhão a título de dano moral coletivo.
Portal C8 Notícias
Fotos: MPT/divulgação