Nesta segunda, 3, o programa Linha Direta, da Rádio Cultura de Sergipe, teve a participação do professor da Universidade Federal de Sergipe, Lysandro Borges. Em conversa com o radialista Jairo Alves, o membro do Comitê Técnico-Científico e de Atividades Especiais (CTCAE) de Sergipe fez uma avaliação da atual situação da pandemia no estado.
O professor declarou estar preocupado com o momento que Sergipe vem passando. “A gente tem observado uma tendência da estabilidade em alta, isso significa que não aumentou mais o número de casos e óbitos, mas mantivemos um patamar alta de casos e óbitos acumulados”, alertou.

Lysandro falou, ainda, que a situação deve agravar nos próximos dias. “A curva está ainda no topo da montanha, não mostra tendência de queda. Nós estamos com casos e óbitos elevados. Para ter uma ideia, a previsão para a partir dia 10 de maio, são 33 óbitos/dia”, explicou. Segundo o entrevistado, as novas cepas (P1 e N9) têm agravado as condições de saúde dos contaminados e isso vem preocupando os profissionais da saúde.
Sobre as flexibilizações que o Governo de Sergipe que vem promovendo, o especialista declarou que não é aconselhável que sejam ampliadas e que ainda é alta a reprodução do vírus no Estado.
Fazendo uma comparação sobre as regiões do Sergipe, Lysandro afirmou que a situação da Grande Aracaju é mais delicada que as demais partes do estado. “Estatisticamente, os quatro municípios que perfazem a Grande Aracaju são responsáveis por quase 85% dos números de casos e óbitos”. Ele justifica esse que esse resultado decorre da maior densidade populacional e concentração do comercio nestas cidades.
Por Portal C8 Notícias
Foto: Geovanna Albuquerque - Agência Brasília