
O Economista e Jornalista Marcio Rocha foi o entrevistado na manhã desta segunda-feira, dia 1° de Maio, no Programa “Cultura Notícias”. Ele falou sobre assuntos da economia atual no Brasil, a exemplo do salário-mínimo, investimentos e a briga entre Governo e Banco Central sobre a taxa de juros.
O especialista começou falando sobre o poder aquisitivo do salário-mínimo. Nesta segunda o Governo vai reajustar o pagamento mensal para R$ 1.320. Para Marcio, o valor está abaixo do que o trabalhador precisa para o dia a dia. “Só em pensar que praticamente metade deste salário vai para cesta básica, já imaginamos o quanto o nosso rendimento mínimo é muito aquém do esperado. Sempre digo que com este salário o brasileiro não vive. Ele sobrevive para manter todas as suas contas em dia. É uma luta diária que vem de vários anos”, detalhou.
Com relação a batalha da taxa de juros, o Economista disse que é um problema que não surgiu agora no Governo Lula. “esta queda de braço sobre a taxa básica já teve nos outros 2 governos dele, teve em Dilma e até mesmo com Bolsonaro houve desentendimentos. Só com Michel Temer é que aconteceu um apaziguamento. Fora isso sempre houve atritos. E nesse ponto o povo sempre acaba pagando a conta”, lamentou.
Ainda sobre juros, o Economista chamou a atenção para o cartão de crédito. Ele afirma que o sistema de compra não é ruim por total, desde que a pessoa tenha cautela. “É bom lembrar que aquele valor que o consumidor tem disponível é dinheiro a ser pago na frente, caso gaste tudo. E isso pode virar uma bola de neve”, descreveu Marcio.

Sobre investimentos, ele afirma que a poupança, apesar de ter uma capilaridade grande, não é o mais rentável. “Recomendo a quem quer um pouco mais de retorno os fundos de renda fixa. Fundos imobiliários também são uma boa opção, pois imóvel jamais cai de moda. Poupança é bom para quem quer guardar dinheiro sem nenhuma pressa de rentabilidade”, declarou.
Marcio Rocha disse que atualmente o brasileiro tem mais dificuldade de adquirir produtos, seja de alimentação, vestuário, móveis, entre outros. “Isso é provocado em parte pelo endividamento de muitas pessoas. Quando estão com a corda no pescoço consomem menos. Com menos consumo, a economia esfria. E quando esfria entra em recessão. E isso não é bom, nem para a economia, nem empresas e nem para a população”, advertiu.
Ao final, o Economista lembrou que o Brasil está numa grande incógnita econômica. “É preciso saber para qual rumo o país está indo. Depois da pandemia, nossa economia voltou a crescer, mas ainda não é como estava sendo previsto antes do momento da covid-19. É preciso u ponto de equilíbrio, onde Governo, empresários, gestores da economia e a população possam estar no mesmo equilíbrio. Se não tivermos algo assim, podemos ter duas sequelas mais na frente”, destacou.
Por Rozendo Aragão
Redação C8
Foto: Rozendo Aragão