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“As vacinas respondem por si só. Basta olhar para trás”, diz Pediatra sobre imunização infantil


A Presidente da Sociedade Médica de Pediatria de Sergipe, Dra. Ana Jovina, participou do Programa “Cultura Notícias” na manhã desta terça-feira, dia 06. Ela falou sobre a atual situação das unidades de saúde do estado, que está enfrentando superlotação, principalmente na área infantil, devido as viroses comuns desta época do ano.


A profissional de saúde foi questionada sobre a situação da saúde pediatria, que registra todos os anos um aumento de casos de síndromes gripais. Para ela, é preciso organização na gestão da saúde. “Temos solução, não é fácil, mas depende de boa vontade de planejamento. É o que precisamos sempre, pois temos gravidade da situação, a depender da criança. Isso passa por organização desde o atendimento simples até o mais complexo”, alertou.


Dra. Ana Jovina falou da situação eu não preocupa apenas Aracaju. “Em Lagarto mesmo, tivemos um aumento de mais de 100%. A grande parte dos atendimentos de saúde estão passando por isso. Sabemos que entre outono e inverno temos esse aumento de vírus, mas em 2023 percebemos uma gravidade. Por isso hospitais estão lotadas. As UTI’s já não comportam mais. Crianças esperando uma vaga devido a essa sazonalidade”, comentou.


A Presidente da Sociedade de pediatria também chamou a atenção para a queda da vacinação infantil nos últimos anos. “As vacinas respondem por si só. Basta olhar para trás. Há 5 décadas tínhamos doenças que hoje ninguém mais fala, devido a imunização. Temos ai a covid-19 em menor numero, é claro ainda internando e tirando a vida, inclusive de crianças, mas ela foi superada por conta da vacinação da população. Hoje todo mundo conhece gente vacinada e nosso entorno está imunizado. Temos que focar nessa proteção”, alertou a médica.


A pediatra também confirmou que foi uma ideia da Sociedade Sergipana de Pediatria a sugestão para se antecipar as férias escolares, a fim de não acontecer justamente agora, no período de adoecimentos. “Foi uma sugestão nossa, mas que não daria para ser posta em pratica agora, pois ainda teremos o momento de recesso. Mas isso será para os próximos anos. E ai vamos entrar em contato com a educação pública e privada. O caso da parte publica, tem a questão do bolsa família, pois muitas familias só recebem com frequência escolar Essa ideia é para evitar que crianças fique aglomeradas nesse momento de mais transmissibilidade dos vírus”, explicou Dra. Ana Jovina.


A profissional de saúde finalizou a participação chamando atenção para esse período de festejos juninos. Por conta da fumaça, provocada por fogos e fogueiras, é preciso o máximo de cuidados. “Pedimos a quem puder, evite acender, pois a fumaça pior ainda mais a situação dos pacientes. Quem tem problema respiratório mesmo, a exemplo da asma, sofre ainda mais. E na alta da covid-19 percebemos que quanto menos melhor. É um momento de festa e de tradição maior na nossa cultura, mas se for usar, tomar o máximo de cuidado”, destacou.




Por Rozendo Aragão

Redação C8

Foto: Rede social / divulgação

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