
Na manhã desta sexta-feira, dia 12, a Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe realizou uma sessão solene em homenagem aos 35 anos de criação da Pastoral Carcerária em Sergipe. O evento contou com diversos representantes da pastoral que estão na Arquidiocese de Aracaju e nas Dioceses de Estância e Propriá.
O autor da propositura da sessão especial foi o deputado estadual Iran Barbosa. Ele destacou que a instituição religiosa é fundamental para atender a diversos homens e mulheres que estão nos presídios de Sergipe. “Celebrar os 35 anos da Pastoral em Sergipe e 50 anos em todo o Brasil é importante, pois é um grupo que tem esse ardor para levar a mensagem religiosa e o apoio. Nosso país é um dos que mais encarcera no mundo e os presos não tem total acompanhamento do Estado. Ai entra a Pastoral Carcerária. Que as pessoas que cometem erros perante a sociedade possam pagar pelo que realizaram, mas dentro de uma dignidade e de uma atenção à recuperação para retornem à sociedade”, explicou.

Quem também esteve na Alese para participar do evento foi o Padre João Bosco Nascimento, Articulador da Pastoral carcerária do Regional Nordeste 2 da CNBB e que atua no estado da Paraíba. Ele lembrou que a instituição tem uma atuação significativa dentro do serviço carcerário. “Como toda pastoral, ela olha a pessoa como um todo. Temos uma importante presença da Pastoral Carcerária em todo país. São excelentes iniciativas de presença de Cristo na vida dos detentos e demais familiares. É uma pastoral da solidariedade como o próximo”, comentou.
Outro representante do poder público que esteve no evento foi O Defensor Público Daniel Nunes Lemos. Para ele, a presença da Pastoral Carcerária junto aos detentos é importante para a ressocialização de todas as pessoas que estão pagando por alguma pena. “A participação da Igreja vem a colaborar nesse processo. A pastoral é uma forma de levar dignidade e fazer com que os detentos possam ver como pecadores que podem sim sair da punição totalmente recuperado. Em muitos casos os presos falam de ocorrências com mais naturalidade do que com um advogado ou juiz. Esse exemplo de dedicação às pessoas que estão sem a liberdade deve ser mais apresentado a toda a sociedade”, lembrou.

O Coordenador da Pastoral Carcerária de Sergipe, Carlos Antônio Magalhães, o “Magal da Pastoral”, destacou o trabalho com muitos frutos que o grupo vem desenvolvendo em 35 anos. “Graças a Deus a nossa perseverança é mantida. Isso é fundamental para cada um. Ao longo do tempo estamos ampliando a nossa atuação. Começamos no Presidio de Areia branca e agora estamos em quase todo o estado. Esperamos contar com mais participação. Por isso a importância da assistência religiosa nos presídios e também essa discussão na Assembleia Legislativa”, declarou.
Portal C8 Notícias
Fotos: Rozendo Aragão