
Na manhã desta quinta-feira, dia 14, foi entrevistado no Programa “Cultura Notícias” Médico Cardiologista Antônio Carlos Sobral Souza. O tema da conversa foi sobre problemas do coração e qual o motivo de tantas pessoas mais jovens terem algum problema de saúde, vindo a falecer em vários casos.
Para o especialista, a geração mais nova está passando por um momento de alta demanda de coisas no dia a dia. E além disto, os fatores que podem comprometer ainda mais a saúde cardiovascular. “O infarto é o entupimento das artérias do coração. Os fatores de risco, como a pressão alta, colesterol alto e cigarro também potencializam isso. Só para ter uma ideia, esses cigarros eletrônicos que os jovens estão usando infelizmente corresponde em média a nicotina de 47 cigarros comuns. É um dos meios para se aumentar a chance de ter problemas do coração”, explicou.
Segundo o especialista em cardiologia, os estudos tem mostrado que os jovens estão adoecendo. “Antigamente diziam para cuidar da criança para ela não adoecer. Hoje é dito para cuidar da criança, pois ela já está doente. É preciso voltar aos cuidados iniciais na pediatria e seguir até a velhice, para ai sim, termos uma vida completa cheia de saúde”, observou.
Recentemente uma jovem em Itabaiana veio a óbito após passar mal durante uma atividade física. No entendimento de Dr. Sousa, existe uma diferença entre o infarto do coração e uma morte súbita, que pode ser provocada por vários fatores. “A gente sabe que mortes súbitas até 35 anos são geralmente infarto. Passou dessa idade são outras doenças. É importante que toda pessoa antes de fazer uma atividade física e passe por uma avaliação médica, pois nesse procedimento pode se descobrir se existe algum problema genético”, alertou.
No entendimento do Médico Cardiologista, infarto e parada cardíaca não são sinônimos. “No caso do infarto pode ter de outros órgãos. Neste caso especifico, o que chama mais a atenção é o do coração. nem todo infarto pode levar a parada Cardíaca. Até se uma pessoa levar uma pancada forte no coração pode vir a ter problemas”, detalhou.
Perguntado sobre percentual de sintomas do infarto, o médico disse que 40 por cento tem um mal estar, suor, chegando até a morte súbita. “Ainda um dos principais sintomas é a dor no peito que é do tipo aperto, pega da boca do estomago indo para parte inferior do pescoço, mandíbula, irradiando para o braço esquerdo, mas pode ir para o direito. Na mulher, geralmente sudorese. O maior problema do infarto é que as pessoas demoram para ir ao hospital. Quando a assistência é precoce o paciente fica sem sequelas”, comentou Dr. Sousa.
Questionado sobre a prevenção, o especialista disse que desde criança já se deve visitar o cardiologista. “Mesmo pessoas do SUS deve procurar atendimento, principalmente para tratar da hipertensão, colesterol e diabetes. Depois de qualquer doença infecciosa pode ter um infarto, como a covid-19,por exemplo, o infarto pode chegar em ate 7 dias. A simples gripe também pode influenciar”, pontuou.
Uma das grandes noticias falsas que ainda vem se falando sobre a pandemia é que as vacinas contra a covid-19 estariam causando essa quantidade de mortes súbitas e infartos. O Dr. Sousa foi categórico em dizer que os imunizantes não tem nenhuma relação com os problemas de coração ou mortes. “Depois do saneamento básico e da água potável a vacina foi a intervenção que mais prolongou a vida das pessoas. Vacina prolonga a longevidade, tanto em jovens como nos adultos. Tivemos muito infarto durante a pandemia, pois a covid-19 provoca complicações. Antes da vacina existia muitos problemas cardíacos próprios da doença. Deixo bem claro e repito que a vacina salva vida. Tem inclusive médicos que estudam esse assunto e reafirmam isto que detalhei” afirmou.
Ao final o médico foi perguntado sobre premiação que recebeu recentemente na Assembleia Legislativa de Sergipe. “Fico lisonjeado com esta lembrança vinda do parlamento de meu estado. É um bom reconhecimento, pois fazemos nossos trabalho de assistência médica e pesquisa com muita dedicação. Ser reconhecido é muito importante para nós”, comentou Dr. Antônio Sousa.
Por Ceiça Dias
Redação C8
Foto: Assessoria/divulgação