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“A situação da maternidade preocupa por ser de alto risco”, diz Conselheiro do CREMESE


O Conselheiro e Coordenador de Fiscalização do Conselho Regional de Medicina de Sergipe, Alexandre Dantas, foi entrevistado na manhã desta terça-feira no Programa “Cultura Noticias”. Ele falou sobre a interdição ética que está passando a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes.


O procedimento foi realizado na manhã desta segunda-feira e tem a duração de 30 dias, podendo ser estendido, caso nada seja feito pela Saúde do Estado. “O problema já vem ocorrendo há um bom tempo e vinhamos dando o alerta. Agora aconteceu de vez a falta de profissionais. Atualmente a capacidade de atendimento está restrita, mas diversas mulheres gestantes de alto risco se dirigem para lá. Com isso acontece a sobrecarga de atendimentos”, declarou.


Para o representante do Conselho, o principal problema é a falta de profissionais que a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes tinha até pouco tempo e que não consegue mais fechar a escala. “Com a abertura da Maternidade Lourdes Nogueira, no Bairro 17 de Março, muitos médicos e demais profissionais da saúde decidiram ir para lá. Não posso afirmar se as condições salariais e de local de trabalho forma determinantes. Mas que é um problema que já vinha ocorrendo na maternidade de emergência e que agora veio à tona”, pontuou.


Para Alexandre Dantas, se a situação não for alterada, o atendimento será ainda mais comprometido. “A situação da maternidade preocupa por ser de alto risco. A Nossa senhora de Lourdes recebe casos de muita gravidade e que não é de qualquer forma que vai ser feita a mudança. Demos o prazo de 30 , mas ela poderá ser aumentada, caso a Saúde não faça nada. Acredito que antes disso tenhamos resposta, pois e a população que aguarda isso”, observou.


Em nota, a Saúde Estadual disse que está realizando procedimentos para que o atendimento volte a normalidade. “Devido à escala incompleta de médicos, o atendimento na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes está restrito. Por esta razão, a Secretaria de Estado da Saúde adotará fluxo provisório de acesso às urgências e emergências obstétricas e neonatais na unidade, especializada em alto risco. Assim sendo, todas as gestantes devem ser reguladas pela Central de Regulação de Urgência (CRU) para as maternidades de referência de cada região de saúde. Nelas, as pacientes serão acolhidas e classificadas pelos enfermeiros e posteriormente avaliadas pelos médicos obstetras plantonistas da instituição e terão seu tratamento realizado na respectiva maternidade”, detalhou.



Por Rozendo Aragão

Redação C8

Foto:Ascom Cremese/divulgação

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